domingo, 27 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - HÁ QUE GANHAR JEITO DE VIVER


Deparamos, freqüentemente, com situações tão esquisitas, com atitudes tão exóticas, com pretensões tão imprevisíveis que temos a sensação de viver no avesso do mundo. Estou-me referindo a um assunto que enche a opinião pública de Chapadinha. A situação foi provocada, na eleição para a presidência da Câmara, por determinadas atitudes públicas de arrogância desmedida e de pretensão dominadora tão exagerada que feriram quem tem sensibilidade pública. É estranho que, em democracia, alguém se pense tão superiormente dotado e tão, privilegiadamente, preparado para desempenhar determinada função pública que queira passar por cima de todos e a todos impor, descaradamente, a sua peregrina opinião.

 Essa ganância gerou relutância. (Aliás toda a ganância, mesmo a de alugar prédios pessoais à Prefeitura!). Provocou revolta na sensatez comum. O exercitar habilidades, combinar manobras, praticar convênios para que seja atribuído desejado privilégio a indesejado personagem... caiu mal. Gesto feio, nada nobre, ridículo até. E, pelo que aconteceu, com resultados humilhantes e vergonhosos para qualquer pobre mortal. Para viver há que ter jeito! E se ajeitar, de modo razoável, às circunstâncias criadas. Isto para quem quer viver com dignidade e intervir com responsabilidade. Para viver em sociedade, numa palavra, é preciso ser educado, ter hábitos sadios, caráter nobre, respeito, gratidão e bom relacionamento pessoal. A arrogância, a sobranceria, a dominação, a prepotência, a megalomania... são atitudes bestas que ficam mal a qualquer frágil ser humano. Venham de quem vier! Seja qual for a causa. 

O orgulho que cria mentes encharcadas de ilusões falsas ... não é bem vindo. Sobretudo na coisa pública que atinge a muitos. E esses gestos foram os primeiros. Outros estão sendo bem notórios. Impõe-se a todos, num estado de direito, aceitar o resultado das urnas e não querer criar Autoridades e Prefeituras paralelas. Em Chapadinha, que saibamos, não há sub-Prefeituras. Por isso, é preciso criar espaço para quem foi eleita poder governar. É muito bom ser educado e não se querer apoderar do que é alheio. Participar é uma coisa. Açambarcar e se preterir é outra. É feio que alguém se ache o máximo só por ser familiar de fulano ou sicrano (sim, porque há análises diferentes da mesma realidade! Uns podem pensar que alguém é um grande líder e, outros poderão pensar que esse não passa de um ficha suja!). Urgente, educação! Não rachar o poder! Não ficar sugando o que é público. Mesmo quem foi eleito não pode ficar torcendo só para seus interesses. Nos pormenores é que a pessoa mostra o que é. Temos todos que tomar consciência de que não podemos viver sozinhos. 

Ninguém é dono do mundo. Viver é estar em dependência mútua, é ter a consciência que todos precisamos uns dos outros. Isto é educação. E nunca criar campos estanques para prejudicar quem de direito. Quando alguém pensa que o que quer tem que ser, nem que vá à força (“ou vai ou racha!”), não adianta! Ordinàriamente racha e não vai. A situação de divisões no Governo Municipal (que é super evidente!) já está criando situações de contradição que indignam. Como se pode admitir um estado de emergência municipal e ao mesmo tempo continuar-se a contratar gente aos montes, a proteger a fantasia sobre a realidade no carnaval, a subir vencimentos 100% ...? Que emergência é essa? Venham explicações para público!

ONDE DEUS NÃO ESTÁ O DIABO É REI

A Igreja não considera o tempo de carnaval como maldito. Maldito é o diabo e o que ele gera de pecado. Carnaval é um tempo que precede os quarenta dias da quaresma que vão exigir seriedade de vida, mais penitência e esforço de conversão. Legítimo, então, que se aprimore a diversão para compensar os futuros rigores, que se permita certas euforias para depois, com mais coragem, estimular o combate a maus instintos pelo domínio do prazer ilícito. Quando pequeno, sempre achei o tempo de carnaval uma ocasião divertida. Em Portugal domina o entrudo, brincadeira em que as pessoas se fantasiam e brincam na rua. Quando, em 1979, vivi o primeiro carnaval no Brasil procurei divertir-me o mais que pude. Com jovens do antigo e saudoso JUC, visitei o Aldeota, a Churrascaria e o clube Ideal, os únicos lugares de diversão da época. Na quinta feira de cinzas fui surpreendido pela notícia dum jornal de Teresina que dizia: “padre dança carnaval e nega cinzas!” Na verdade, não impus cinzas na quarta feira de manhã, porque à porta da matriz só vi bêbados deitados. Então decidi fazer a cerimônia das cinzas à tarde. E, por toda a experiência que tenho dos ambientes carnavalescos e de suas conseqüências venho-me convencendo que se exagera muito na brincadeira. Tempo de carnaval aqui não é tão inocente como eu vinha julgando. Procuro então ausentar-me das manifestações carnavalescas, porque exageradas em muitos pontos: no barulho, nos gastos, na pouca vergonha...

 Há quem, para se divertir, ache necessário arquivar o bom senso, esquecer a vergonha e preferir atitudes não inteligentes. Para se ser engraçado não é preciso molecagem. Brincadeira não é sinônimo de bandalheira. Já diz o velho ditado: “quem deseja ser brasa depressa vai virar cinza”.
Carnaval não deveria ser considerado tempo de libertinagem com possibilidades de saúde descuidada, barulho ensurdecedor, vícios engordados, sexo brutalizado, família marginalizada, ambiente achincalhado... Onde Deus não está o diabo é rei. O que não dignifica a pessoa, a todos prejudica. Não sou contra a dimensão lúdica. Mas não aceito que se gaste tanto dinheiro com fantasia e se esqueça a realidade da saúde pública, da segurança, do meio ambiente e de tantas outras urgências públicas. 

Carnaval não é sinônimo de mostrar carne, exibir sebo, descascar o corpo e ficar como pêssego de compota a balouçar na rua. A fruta descascada dura pouco tempo. Gente sem vergonha transmite peçonha. Na deliberada permissão de uma temporada em que não se respeita a lei da decência pública nem as conveniências da sã convivência, onde se esquece as exigências morais, onde se estimula a volúpia, onde se exagera o uso de bebidas alcoólicas... ensaia-se um futuro de miséria. Está-se criando uma juventude na podridão e levando o país para a lixeira. No estrangeiro fico envergonhado quando vejo propaganda turística do Brasil feita com cartazes onde predomina o nudismo. E assim se atrai a vinda de mais podridão onde já há tanta! Mas viva quem se diverte em família, quem foge de exageros, quem não abdica de sua dignidade e procura ambientes inteligentes!



                               VIVER A PALAVRA, NÃO  O  PALAVREADO!

Tem Palavra e tem palavreado. Deus é e tem Palavra. Manifestou-se em Cristo. Veio da Palestina, mas encheu toda a terra. Foi até os confins do mundo. Cristo é Palavra verdadeira, o Verbo vindo do Pai, Palavra em ação. Foi a força criadora no princípio e é força de ação hoje. A Palavra de Deus manifesta-se e cumpre-se em Jesus de Nazaré. Ele é a Palavra de Deus em dinâmica de Salvação. Fora dela não há vida.
A Palavra de Deus não é uma fé. Mas indica o caminho para a fé.
A Palavra de Deus não é uma ciência. Mas é a chave da ciência. Não pode haver contradição entre as duas.
A Palavra de Deus não é uma história. Mas é a voz de Deus na história, fazendo História.
A Palavra de Deus não é uma política. Mas é a norma da política. Política sem respeito à Palavra de Deus não tem ética nem moral. Não é arte, ciência e virtude do bem comum. É falta de caridade, estupidez, interesse próprio..
A Palavra de Deus não é uma religião. Mas é o pão da religião, o sangue que mantém viva a religião.
A Palavra de Deus não é uma bíblia. É a Bíblia. A única que contém a Verdade. Não pode ser mudada. Sem a Palavra vinda de Deus, outras bíblias são livros inventados. A Igreja Católica recebeu a Bíblia, preservou a Bíblia que passa pela Tradição e tem a sua legítima interpretação recebida e assistida pelo Espírito Santo (Estarei convosco até o fim dos tempos - Mat.28,20).
A Palavra de Deus convoca para a festa, a verdade, a alegria, a gratidão.
A Palavra de Deus é força de encontro na liturgia que atualiza o mistério.
A Palavra de Deus é recado formativo na catequese, força de ação na pastoral, transmissão de valores na vida. Sem ela, o homem divaga para o vício, perde-se nas dificuldades.
A Palavra de Deus ilumina e aquece. O fogo procura-se na fogueira. Ela é a sarça ardente que se não consome.
Sem ela dominam as trevas nos ambientes e a desorientação nas pessoas.
A Palavra de Deus liberta e salva. Sem ela, o homem vive amarrado nas suas limitações e escravizado em seus hábitos.
A Palavra de Deus está ao alcance de todos. Se a ouves, entende-a. Se a entendes, aceita-a. Se a aceitas, vive-a.
Sem a Palavra de Deus, tudo o resto é palavreado. É falsidade, ilusão...

N O T Í C I A S   D A   P A R Ó Q U I A 
1- A construção da igreja de S. José continua. Esta semana vai-se começar a colocar a madeira do telhado. Várias pessoas nos têm interrogado sobre o tamanho da construção. Apenas dizemos que olhamos a realidade do Município. Não queremos daqui a anos ter que fazer outro templo.
2- Os acólitos vão neste fim de semana ficar na lanchonete. Alguns grupos desejam comprar turíbulo e naveta para a sua comunidade e achamos legítimo
3- Nesta semana, sexta até domingo, vão para Brejo representantes das comunidades da cidade e do interior e da estrutura da Santa Missão Popular. É o primeiro retiro diocesano. Depois vamos pensar fazer o primeiro retiro paroquial. Começamos assim a entrar em pleno no trabalho da Missão. Para nos preparar para esse retiro, hoje, domingo, pelas 15.00H, no Centro, vai haver uma reunião para todos que vão ao retiro.





4- Quarta-feira vamos também fazer uma reunião com representantes de todas as comunidades , movimentos e pastorais para preparar a Campanha da Fraternidade – 2013. Peço que não faltem!

5- A Paróquia está pensando em adquirir alguns instrumentos de som para fazer a divulgação das atividades da Santa Missão. Para já está-se adquirindo bicicletas sonorizadas. Na semana passada também se mandou fazer uma bandeira da Missão e outra do Divino. Também estão a ser feitas camisetas com a bandeira da Missão para serem vendidas ao preço do costume. Cada católico tem que se comprometer com a iniciativa da Missão e mostrar que é missionário de Jesus.


6- A bandeira da Santa Missão tem o mapa do Município de Chapadinha como fundo, em verde, cor da esperança e das nossas florestas. A Eucaristia e a Bíblia abraçam todo o espaço e indicam que têm a centralidade total no trabalho de evangelização. O tema é: “Vim para que todos tenham vida e vida abundante” (Jo.10,10). O lema ou meta: “Construir comunhão para viver a Missão”. Um cartaz com esta bandeira faz ser colocado nas comunidades e pensa-se arranjar outros mais pequenos para trazer nos carros e colocar nas casas.





7- As praças da Matriz estão sendo limpas. É nosso desejo colocar um piso novo na praça da caixa de água e arranjar um espaço para as crianças que vêm com seus pais à missa se possam ficar lá a entreter, assistidas por pessoas responsáveis, para libertar os pais da preocupação. Mas isso, por enquanto é só desejo, porque a igreja de S. José nos está absorvendo tudo.



8- No fim desta semana vai começar a novena a Nossa Senhora de Lurdes no bairro de Recanto dos Pássaros.


 9- A viagem da Irmã Márcia e de P. Antônio para Portugal vai acontecer, se Deus quiser, no próximo dia 14 de Fevereiro. Como todos sabem, Irmã Márcia vai integrar uma comunidade das Missionárias da Boa Nova em Maputo, capital de Moçambique. Estamos pensando fazer a despedida da Irmã no dia 03 de Fevereiro, à noite, na Matriz.


10- Ainda não foram tomadas medidas para advertir o ladrão das capelas que foi apanhado na Tigela. Por pouco que não foi morto pela população do lugar quando já tinha caixas de som e cofre da comunidade na estrada para levar. O sacrário que foi rebentado na Corrente já tem substituição e foi mandado vir um cofre de ferro para substituir o outro que não tem conserto.
11- Continuam em aberto matrículas para Crisma. E esta semana (não esqueçam!), é dia de confissões na próxima quinta feira. Embora não sendo a 1ª quinta feira do mês é a véspera da 1ª sexta feira. Depois do carnaval avisaremos matriculas para a Catequese.




 


















quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 - FRATERNIDADE E JUVENTUDE


Em 2013 ,a Campanha da Fraternidade no Brasil,  mundialmente conhecida, chega a sua 50ª edição. 
O tema escolhido este ano foi inspirado pela convocação do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude que será celebrada no Rio de Janeiro no mês de Julho.

O Tema: "Fraternidade e Juventude", e o Lema " Eis-me aqui, envia-me" (Is. 6,8) devem inspirar a reflexão das comunidades de todo país durante o período da Quaresma. Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silova,o tema da Campanha reforça a opção da Igreja pela juventude. " 

A Igreja acredita na disponibilidade da Juventude, na resposta do jovem que encontra na sua comunidade  a abertura, a provocação e a oportunidade para um serviço à Igreja e à sociedade". A abertura oficial da CF 2013 será lançada na cidade de NATAL(RN) no dia 15 de fevereiro.

Campanha da Fraternidade 2013 será lançada dia 15 de fevereiro, em Natal
Informação foi confirmada nesta quarta (23) pela Arquidiocese de Natal.
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil estará presente.

Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno
(Foto: Wilson Dias/AB)
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis, estará em Natal no próximo mês para participar do lançamento nacional e comemoração dos 50 anos da Campanha da Fraternidade. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (23) pela Arquidiocese da capital potiguar. A comitiva estará no Rio Grande do Norte no dias 14 e 15 de fevereiro.
Além de Dom Raymundo Damasceno, a Arquidiocese de Natal também confirmou as presenças do Núncio Apostólico no Brasil, também conhecido como Embaixador do Vaticano para o Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, e do presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro.
Ainda de acordo com a Arquidiocese, no dia 14, à tarde, a comitiva irá, juntamente com os bispos das dioceses do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, visitar o município de Nísia Floresta. Foi lá, mais precisamente na comunidade Timbó, onde, na quaresma de 1962, foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade.
Seguindo a programação, no dia 15, toda a comitiva participa do Seminário 'Igreja: fundamento da fraternidade', que acontece no Centro de Convenções de Natal, na Via Costeira, de 8h30 às 17h30. Na abertura do evento ocorre o lançamento nacional da Campanha da Fraternidade 2013, que neste ano tem como tema 'Fraternidade e Juventude'. O seminário também contará com a participação do Padre Fábio de Melo e de Dunga, missionários da Comunidade Canção Nova.
Ainda no dia 15, às 19h, na Catedral Metropolitana, haverá celebração eucarística. Logo em seguida, acontecerá uma vigília e adoração ao Santíssimo Sacramento. Este momento contará com a presença de Eliana Ribeiro, da Comunidade Canção Nova.


Oração oficial da CF 2013
Tema: Fraternidade e Juventude
Lema: "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8)


Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.

Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.

Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor.

domingo, 20 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA -CRISTO DEUS É A PÁTRIA.CRISTO HOMEM É O CAMINHO

CRISTO DEUS É A PÁTRIA

 S. Agostinho, filho de S. Helena, foi um convertido a Cristo. Nasceu em 354 e morreu em 430. Filósofo e teólogo, bispo de Hipona, na atual Algéria, escreveu algumas das obras mais influentes da história, como “Confissões” e “Cidade de Deus”. É um dos maiores pensadores da história da Igreja. Transcrevo a seguir dois textos seus para nossa reflexão:
“Estava, na pobreza do presépio, Aquele que contém o mundo. Não falava e era a Palavra. Era o Caminho e estava deitado. Quem os céus não abarcam coube no ventre de uma mulher. Ela trazia Aquele em quem existimos; ela amamentava o nosso Pão; oh! manifesta debilidade e maravilhosa humildade na qual se escondeu toda a divindade! Governava com poder a Mãe a quem submetia a Sua infância; apascentava com a Verdade aquela de cujos peitos sugava o sangue. Que em nós complete os seus dons Aquele que também não desdenhou fazer bem os nossos começos. E nos torne também filhos de Deus Aquele que, por nossa causa, se quis fazer filho do homem”. (sermão184)

CRISTO HOMEM É O CAMINHO

 “O Filho da Virgem foi às Bodas; Ele instituiu as núpcias quando estava junto do Pai. Tal como a primeira mulher, pela qual entrou o pecado, foi formada do homem sem o concurso da mulher, assim também o Homem, pelo qual foi apagado o pecado, foi formado a partir da mulher, sem concurso do homem. Por causa daquela, fomos precipitados, graças a Este fomos elevados. E que criou Ele nessas bodas?- Vinho da água. Poderá haver maior poder? Quem tinha o poder para realizar tais obras, abaixou-se até suportar carências. Quem da água fez vinho, tinha o poder de transformar pedras em pão. Tratava-se do mesmo poder. Mas, então, foi o diabo a fazer a proposta. E, por isso, Cristo absteve-se de o fazer. Certamente não ignorais que quando Cristo Senhor foi tentado, foi isso que o diabo insinuou. (...) O pão teve fome, tal como chegou ao limite de Suas forças o Caminho, tal como foi ferida a Saúde, tal como se apagou a Vida (...) E assim Aquele que teve o poder de realizar tais prodígios sofreu a fome, a sede, sujeitou-se ao cansaço, cedeu ao sono, foi preso, foi flagelado, foi morto. Este é o caminho: caminho pela humildade para alcançarmos a eternidade. Cristo Deus é a Pátria para onde caminhamos; Cristo Homem é o caminho pelo qual avançamos”. (sermão 123,2.3)

A ORAÇÃO É COMO O SANGUE.
O SANGUE DÁ VIDA AO CORPO. A ORAÇÃO DÁ FORÇA À FÉ.

Você já notou que, quando duas pessoas se zangam, levantam a voz e começam por se comunicar berrando? Mas, por quê se estão bem perto uma da outra? – Diz o sábio oriental que é porque, embora os corpos estejam próximos, os corações estão distantes. E, quanto mais longínquo um do outro, mais o berro sobe de tom. Quando dois amigos falam não gritam. Não precisam de gritar!  Seus corações estão perto um do outro. E se são mesmo amigos, muito amigos, se se amam de verdade, nem precisam de palavras. Um simples olhar diz tudo.
Lembrei-me deste exemplo ao pensar na oração. Muitos pensam que oração é um dever, que temos mesmo é de rezar muito, procurar livros com orações bonitas, dizer muitas palavras quando estamos a rezar. Mas oração é, acima de tudo, um direito. E um direito que vem duma enorme graça de Deus. Quando vamos orar devemos pensar que vamos ser recebidos em audiência por Deus. Peçamos essa audiência. Deus tem todo o gosto em nos receber em particular, em comunicar conosco, na intimidade, num diálogo de amor. Comunicar com Deus não é um dever. É uma necessidade e grande!
Não há fé sem oração: oração simples, sincera, humilde... Não é questão de muitas palavras. Não precisa de expressões escolhidas, ladainhas decoradas, palavras bonitas. Falemos com Deus como um filho fala com seu pai! Orar é colocar-se diante de Deus, falar de sua vida, lembrar coisas que aconteceram, falar do que desejamos, dizer que O amamos, escutar Sua mensagem, acolher Seus apelos, louvar e agradecer Seu amor. Seu imenso amor e Sua eterna misericórdia que nos perdoa nossas faltas e fraquezas! S. Terezinha dizia que, em muitas horas que passava rezando na capela, apenas olhava para Jesus e sentia que Jesus olhava para ela. A oração exige disponibilidade. Compromete a vida. Esta santa dizia também que se sentia como uma bola que a criança chuta para aqui e para acolá e ela obedece. Até que, quando cansa, a bola fica num canto à espera que a criança brinque com ela novamente. Orar é contemplar, admirar, louvar e agradecer. A intimidade exige tempo de acolhimento. Quem não tem tempo para rezar vive perdendo todo o tempo. Não eterniza a vida. Não espiritualiza seu existir. Vai-se arrastando na banalidade, carrega preocupações supérfluas, aflige-se com chatices inúteis, prende a vida a coisas passageiras sem importância. Esquece o essencial e, por isso, não sai da mediocridade. Vive sempre no perigo de ser levado pela enxurrada da facilidade e do prazer. Temos que nos lembrar da “lei do menor esforço” que todos sentimos.
Orar é parar um pouco. Mergulhar em Deus, sentir Sua constante presença em nossa vida, dizer-Lhe quanto O amamos, dar-Lhe o direito de ser o nosso Senhor, Dono, Amigo e Confidente. Só somos verdadeiramente humanos e grandes quando nos ajoelhamos e sentimos, humildemente, que nada somos e tudo que temos é graça divina. Ontem escutei na Canção Nova um belo testemunho da Elba Ramalho. Quem a conheceu e quem a ouve hoje! Que diferença! Mas que beleza de sentimentos, que grandeza de vida, que belo exemplo para quem se deseja converter, isto é, “verter”, derramar, colocar toda a sua confiança em Deus!
Hoje não esqueça: antes de deitar, agradeça a Deus o seu dia. E amanhã, ao levantar-se, lembre-se que Deus velou por si e conservou sua vida durante o sono. Agora espera que você lhe dê um sincero “obrigado”!



                CÔNJUGES QUE NÃO PUXAM A VIDA NA MESMA DIREÇÃO
OLHARES QUE NÃO VÊEM.

Vivemos num mundo de pressas, de correrias, de velocidade... Antes não tínhamos telefone. Tínhamos que enviar carta, esperar resposta ou ir dar os recados a casa das pessoas. Não tínhamos carro. Fazíamos os percursos a pé, em carreiros enlameados e cheios de pedra. Agora temos estradas, carro e motoca e a pressa é tanta que andamos com o celular no ouvido enquanto conduzimos com uma só mão (o que é perigoso para nós e para os outros!). Não paramos. Queixamo-nos que temos muito que fazer, que não temos tempo para nada. E, com tanta pressa, corremos e não adiantamos, ouvimos e não escutamos, olhamos e não vemos, esbarramos com os outros e não nos encontramos. A vida é muito mais que olhar, ficar à superfície, ouvir... Precisamos de tempo, de frear nossas pressas, andar mais devagar, olhar as coisas e as pessoas com mais calma. Como quem se quer enamorar por elas. Você já notou o contra-senso de pessoas zangadas, bem perto uma da outra, e a gritar, vendo quem berra mais alto? – É que os corpos estão próximos, mas os corações estão distanciados. Quem ama quase não precisa de falar para se comunicar. Basta um olhar e já diz tudo!
Olhar apressadamente dificulta a comunicação, impossibilita a amizade. O olhar contemplativo da mãe que admira a cria de seu útero parece querer decorar-lhe as feições, tornar a possuí-la... A intimidade exige olhar demorado. A intimidade é fruto do muito observar. Há dias vi aquela mãe olhar a filhinha de dias no colo. Um palmo de gente! Tão pequenina que quase não se via por estar tão bem embrulhada. Mas que amor no olhar!
Há homens e mulheres que se juntam, vivem na mesma casa, dormem no mesmo quarto, encontram-se na mesma sala... mas não têm tempo para se verem nos olhos um do outro. O outro é como um espelho. Ao olhá-lo vemos melhor quem ele é e também quem nós somos e o que amamos. Casais que não se admiram! São cônjuges (com o mesmo jugo!), mas trazem os corações bem distantes. Não puxam na mesma direção. Estão à mesma mesa e parece que cada um está a quilômetros de distância. Do outro lado do mundo. Casar não é um ato. Não se faz num dia só. Matrimônio é acontecimento diário, contínua conquista, amor alimentado, namoro quotidianamente atualizado. Não podemos confiar só em promessas. Os compromissos podem-se quebrar com facilidade. Não basta prometer. É preciso fazer. Desejar não é tudo. É necessário trabalhar e lutar. Ninguém se iluda com encantamentos não cuidados e prolongados.
Não há “Companhia de Seguros” para assegurar o amor. Para compensar o desamor. Ninguém oferece amor com carimbo de garantia. Amor exige conquista diária. Cada um, embora amarrado pelo amor, resguarda a liberdade. Amor não zelado é como casa sem portas. Pode entrar pessoa estranha. Há ladrões na praça  Cuidado! Precisamos ter prevenção, trancar a porta e guardar a chave com cuidado, no coração! Está havendo tantas invasões! Não só porque há atrevidos invasores (as), mas porque há pessoas casadas que são descuidadas.


  N O T Í C I A S   D A    P A R Ó Q U I A


1- No próximo mês de Fevereiro, o dia do Dízimo que acontece sempre no segundo domingo, passará para o terceiro domingo, extraordinariamente, por causa do carnaval no segundo domingo.

2- O grupo de acólitos pede para avisar que abrirá a lanchonete no quarto domingo. E, depois dos acólitos, será a organização da Santa Missão Popular a responsabilizar-se todos os domingos. Pensamos, além do mais, que essa é uma maneira sadia de conviver.

3- Convocamos para este domingo, a começar às 15.30H os coordenadores dos dez setores da Paróquia na cidade para a S.M.P.(Santa Missão Popular). Precisamos de combinar assuntos relativos ao retiro diocesano e às primeiras iniciativas de preparação para a realização da Missão. Na próxima reunião dos regionais do interior será também combinada a participação das comunidades.

4- Continua a construção da Igreja de S. José. Estamos pensando na entrega da imagem do Padroeiro ao grupo de católicos das “1000 Casas” para ela percorrer o bairro e depois ser levada solenemente para a igreja. Pensamos já fazer a novena de s. José na nova igreja, embora ainda não acabada. Na próxima semana, as paredes e as colunas serão terminadas para se começar com o trabalho da cobertura. Já foram encomendadas 13.000 telhas.

5- Estamos acompanhando pela internet as respostas e contra-respostas de gente jovem. Gente jovem e com garra é assim mesmo! Pena é que se gaste tanta energia com uma literatura janota eivada de termos chibantes. Ovniomania! Exuberantes intriguelhas que só servem para desintoxicar ambientes tensos com chalaças picantes e satisfazer apetite jornalístico. Mas tudo fica por aí. E, por baixarem tanto, tememos que ainda arranquem as unhas dos pés! Achamos melhor que gente assim,    com     garra     e     competência,   se virasse a uma análise séria de alguns problemas fulcrais para o desenvolvimento local e apresentação de idéias novas e possíveis como: agricultura (ainda no toco!), pretendida fixação do homem no interior, mas construção desumana de “casinhotos” inabitáveis aos milhares na zona urbana (quem compreende esta contradição?), regulação da exagerada realização de shows e demasiado barulho que cria desassossego, afasta a juventude despreparada do estudo e do trabalho e cria instabilidade nas famílias, além de facilitar toda a espécie de vícios, melhoria da educação e preparação profissional, combate, sem trégua, a velhos hábitos coronelísticos, como garantir continuísmo político pelo empréstimo de empregos da Prefeitura, aprovação de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas, necessidade do blog da transparência ... Agora que fanfarronice fica mal, fica mesmo! Mas não seria de bater tanto no ceguinho!

6- Pedimos a todos e de um modo especial às famílias que façam a inscrição para o retiro de carnaval. Achamos uma maneira bonita de passar esses dias com proveito e não apenas na fantasia.

7- A equipe de catequese da Paróquia vai prevenindo para a necessária matrícula nos encontros de formação cristã. Estamos também pedindo que todos que, já adultos, não fizeram preparação para a Comunhão que não adiem mais: dêem seu nome no secretariado paroquial para ser formado novo grupo de adultos. Como foi bonita a Primeira Comunhão do anterior grupo de adultos.

8- Continuamos a insistir que a igreja matriz, nos casamentos realizados com solenidade, não é passarela de moda nem estúdio para retratos. Exigimos porte digno e que demonstre fé mais que exibição. E é bom que os noivos se comecem a habituar a registrar nas duas leis ao mesmo tempo.







quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - RCC DE CHAPADINHA PROMOVE RETIRO DE CARNAVAL E PEDE DOAÇÕES





Estamos a menos de um mês do Retiro de Carnaval 2013 - mas, os desafios são muitos. Precisamos muito da sua colaboração com a alimentação para as pessoas que estarão acampando no local do encontro, seja qual for a sua ajuda nos será de grande importância: arroz, feijão, açúcar... seja o que for.


Esperamos contar com seu auxílio, a obra não parar.


Sua doação pode ser entregue no secretariado da Igreja Matriz, ou diretamente em um Grupo de Oração (G.O.) da nossa cidade.

- G.O. Boa Semente (aos domingos 16h no centro paroquial);
- G.O. Louvor e Adoração (às sextas 19h na capela do bairro da Cruz);
- G.O. Nova Aliança (às quintas 19h na capela do bairro Novo Castelo);
- G.O. Rainha da Paz (aos sábados 19h na capela de Santa Luzia);
- G.O. Renovados em Cristo (às segunda 16h na capela do bairro Areal).


"O Senhor dará chuvas às sementes com que proverdes o solo e o pão que produzir a terra será nutritivo e saboroso." (Is. 30, 23)



domingo, 13 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - A FÉ QUE INICIA A FESTA. SEM FÉ NÃO HÁ FESTA


Não pensemos que temos muita fé porque sabemos umas coisas sobre religião.  A fé cristã não se resume a idéias decoradas nem a conceitos elaborados, não é uma atividade meramente intelectual. Não depende só da nossa função noética, isto é de conhecimentos memorizados ou de sabedoria acumulada. Não é intimista. Não se move no fluido abstrato de nossa consciência etérea. A fé cristã não pode residir só na nossa cabeça. Tem que invadir toda a pessoa, comprometer todas as nossas faculdades, influenciar todo o nosso ser e dar sentido a todo o nosso viver. A fé cristã é vida, é relação pessoal com Deus; é paixão que mexe conosco, é amor que entusiasma o coração e faz a pessoa mergulhar no mistério de Deus; é força que movimenta as pernas para a pessoa ir em socorro do irmão necessitado; é alegria que contagia ambientes, transforma estruturas e dá a mão a quem precisa. A fé cristã não deve habitar só na cabeça. A memória, a sensibilidade, a atividade, a afetividade, a dimensão social, a vida familiar, o compromisso laboral... tudo tem que receber influência da fé. A política (sim, a política, pense bem!) também tem que ter ética, moral, honestidade, compromisso com o bem comum. Tem que estar acionada pela fé.
Quem pensa que ter fé é só acreditar na existência de Deus está enganado.  Isso é pouco. Muito pouco mesmo. Quase nada. A fé cria relação com Deus. Torna-nos parceiros de Deus. Coloca-nos em situação de total dependência, de comunhão de amor com Deus. A fé vem a nós pelo ouvido. É escutando a Palavra que a luz penetra. É prestando atenção aos testemunhos dos outros que se acende o fogo do amor de Deus em nós. E a Palavra tem forma histórica. A Palavra encarnou, assumiu nossa natureza, visitou a aldeia humana, fez-se História. É Evangelho, notícia de felicidade que deve ser espalhada não só em palavras, mas também em ajuda, em transformação de tudo segundo os critérios do Reino de Deus. Ter fé é conhecer a Palavra, pensar no que diz a Palavra, meditar a Palavra, viver a Palavra e realizar a Palavra. Aceitar a Palavra de Deus é fazer da vida uma entrega. A Palavra de Deus é convite que exige resposta, é oferta que pede opção preferencial, é dom que tem que ser aceite, é amor que deve ser correspondido, é vida que deve transbordar, é alegria que deve contagiar...
Jesus do Presépio, pobre e humilde, chama-nos a atenção para as coisas simples, insignificantes, quotidianas... para os pequenos detalhes da vida. Parecem insignificantes, sem importância... mas é por aí que Ele continua a ser encontrado: “sempre que o fizerdes ao mais pequenino dos meus irmãos foi a Mim mesmo que o fizestes”(Mt.25,40).



 VOCÊ DEVE SER UM “MISTAGOGO”! SABE O QUE É ISSO?

A vida cristã nunca diz: “já chega! Basta!”. Ela deve ser plena, crescente e transbordante. O ministério da catequese, que devia atingir todas as pessoas e em todas as idades, não se reduz a transmitir conhecimentos religiosos ou ensinamento doutrinal. Vida cristã tem dimensão mistagógica, palavra que era muito usada na catequese dos catecúmenos, na antiga caminhada de adultos para o Batismo. “Mistagogia” está ligada a “mística” e “mistério” de uso muito corrente na espiritualidade cristã. “Mistério” é o Plano de Salvação que o Pai realiza por Cristo. É a graça divina agindo em cada pessoa. Deus não deixa de atuar, mas pede parceria. A pessoa tem que se abrir ao Espírito Santo. Colaborar com a graça. Em cada dia deve-se avançar um pouco, aumentar, progredir na caminhada para a identificação com Cristo. Sempre. Até à morte. A graça exige esforço continuado. É como andar de bicicleta. Quem pára não se equilibra. Cai. Ser cristão é identificar-se com Cristo, mergulhar em Deus, entregar-se, confiar totalmente na ação divina. Esta “mística” é que dá ânimo à caminhada do cristão. Sem ela, tudo se torna difícil. Mística é o combustível. É o tempero que dá sabor, atração e entusiasmo a tudo que sentimos, pensamos e fazemos na escalada para a santidade. Mística é a motivação densa e profunda de nossa caminhada de fé. É o ponto de apoio de nossa vida, a gangorra que nos puxa para fora da mediocridade e da indiferença. A quem não tem esta mística falta-lhe o sentido da existência, vive sem entusiasmo, à deriva. Com a mística cristã, temos experiência de Deus, energia fontal ( que brota da fonte!), vontade de servir o Senhor. Ter mística é ser iniciado no mistério, deixar-se integrar em Deus, mergulhar sempre mais na profundidade divina, saber que é amado por Ele, que foi Ele que primeiro amou e veio ao nosso encontro, comunicando-nos Sua vida em plenitude. Ter mística é deixar-se penetrar por Deus, sentir Sua presença amorosa em nós (Jo.3,16). Toda a vida de Jesus foi um exemplo e um ensinamento para essa mística ou mistagogia, para essa vida de plena comunhão com o Pai. Devemo-nos deixar conduzir por Jesus e para Jesus, porque quem O vê, vê o Pai (Jo.12,45). Vida cristã sem mística é como comida sem tempero, sem sabor agradável. Não atrai nem agrada!
O cristão verdadeiro é um mistagogo, isto é, alguém que avança na fé, que se deixa penetrar pelo mistério divino, que participa e se inebria na experiência de Deus, que deseja experimentar sempre mais a alegria da Sua presença. O verdadeiro cristão vive esta mística. Vai até Jesus. Faz a mesma experiência que fizeram os discípulos, que fez a samaritana (cap. 4 de S. João), que têm feito tantos e tantos outros santos ao longo dos séculos ( Francisco de Assis,.Francisco Xavier, P. Damião...) Homens e mulheres, novos e velhos, intelectuais e analfabetos. Ir até Jesus é acompanhá-lO, permanecer com Ele, deixar-se educar pela Sua Palavra, convencer-se de Sua Verdade, imitar Suas atitudes, amar Seus valores, deixar-se encantar, seduzir, apaixonar pela Sua proposta do Reino, viver a alegria de poder participar de Sua intimidade, sentir a felicidade única de que Ele é o Caminho da Salvação...  e depois não sossegar sem contagiar o ambiente de vida em que se insere com esse testemunho.
Veja, amigo/a como o ideal cristão é belo e sedutor! Nada tem a ver com desinteresse. É compromisso realizado. Não admite banalidade de vida. Injeta entusiasmo efetivo no viver. Não aceita vida frívola, leviana, banal... Temos a possibilidade de antecipar a experiência do segredo que o Pai reserva para aqueles que O amam (ICor.2,9). Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração imaginou a grandeza e a beleza de tudo isso! Mas, com a mística cristã, vamos pressentindo a felicidade do que nos aguarda na eternidade.


 BATISMO NÃO É PARA FAZER “CATOLIQUINHOS”.

Quando fomos batizados, colocaram-nos água na cabeça. Mas nós não fomos batizados na água. A água é que nos batizou no Espírito. Fomos batizados no Espírito Santo com água. A água foi o sinal sensível e visível da ação do Espírito. O Batismo de João era um gesto de penitência. Quem vinha expressava seu arrependimento e o desejo de se converter. Ao mergulhar na água, desaparecia e depois, saindo da água, surgia para uma vida nova. Nós não recebemos o batismo de João. João levou-nos ao Batismo de Jesus. O Batismo de Jesus não atua como magia cristã que logo nos salva. Não basta batizar-se para estar salvo. Batismo é sinal da salvação operada pela adesão a Cristo. A pessoa entrega-se à graça de Cristo e Ele transforma-a. Pelo Batismo somos irmãos de Jesus, filhos de Deus, templos do Espírito, membros da Igreja, herdeiros do céu. A criança que não tem o uso da razão, ao ser batizada, não compreende isto. Também quando nasce não pediu para nascer nem sabe o que é viver. É à família que Deus dá a responsabilidade de a continuar a gerar até ela ser consciente e responsável. Assim no Batismo também. O Batismo abre uma possibilidade, dá o gérmen, é uma semente. A família cristã deseja que a criança também nasça para Deus desde pequenina, por isso, responsabiliza-se por testemunhar à criança batizada a fé, o amor de Deus. A família que não tem ambiente de fé, que está desinteressada pela vida cristã deve adiar o Batismo de seu filho. Não deve ser mentirosa diante de Deus e da comunidade. Batismo não é mero ato social, hábito familiar, mero costume tradicional. É compromisso consciente e responsável a um chamamento de Deus. Jesus também entrou no Povo de Deus, quando menininho. Foi circuncidado com oito dias de vida. Naquele tempo não havia batismo. A circuncisão era o sinal de pertença ao Povo de Deus. Isso está na Bíblia (Luc. 2,21). Jesus nasceu sob a lei, mas não é a lei que salva. Quem salva é Ele. Daí o Seu nome: “Jesus” que quer dizer: “o Senhor que salva”, que já Isaías tinha explicado (Is.12, 2-3).

A vida cristã é um dom. É Deus que chama à fé. A fé não é um ato. É um processo, uma caminhada. Não é um sofá para ficarmos sossegados por termos sido salvos. É nascimento, começo de vida em Deus. Tem a lei do amor que é a lei do crescimento: “hoje mais que ontem, amanhã mais que hoje”. O Batismo é o gesto eclesial da entrada na Igreja e da fé que deve ser desenvolvida. Também, quando nascemos, o parto não é toda a vida. É preciso que a vida, depois, seja zelada, alimentada, cuidada para se desenvolver. Não podemos colocar a vida corporal nem a espiritual num caixote de lixo. Batismo requer esforço, parceria com a graça de Deus para crescer. O autêntico cristão tem ânsias de plenitude. O Batismo é o lugar litúrgico e oficial da nossa identidade cristã. É a carteira de identidade do cristão. Por ele, nos incorporamos no mistério de Cristo. É o primeiro momento público de adesão à comunidade cristã. Esta adesão é o primeiro degrau duma escadaria que é preciso subir para chegar à fraterna comunhão de bens espirituais e materiais. O Batismo é uma porta que se abre para podermos participar da festa da intimidade de Deus. Mas não podemos ficar sempre à porta. Quem fica sempre na porta mostra que é curioso, mas desinteressado. Perde o tempo. Não participa, coloca-se à margem e fica em situação de se deixar influenciar pelo ambiente mundano.


 NOTICIAS DA PARÓQUIA:

1- Tivemos a honrosa visita, na residência sacerdotal, do Eminentíssimo Cardeal Humes. Vinha acompanhado do Sr. Bispo da Diocese e ia a caminho de Brejo.

2- A viagem da Ir. Márcia que vai ser missionária numa comunidade de Missionárias da Boa Nova em Maputo, capital de Moçambique, foi adiada por ainda não ter chegado ao Brasil a documentação. Há atraso da documentação em Moçambique

3- Já há CDs da próxima Campanha da Fraternidade. Estão à disposição no secretariado para quem os desejar comprar. Bom seria que se começasse a ensaiar os cânticos. Este ano a CF vai tratar o assunto da Juventude e a Fé.
 



4- Pedimos a quem, generosamente, puder que ajude com alguma oferta de alimentos a realizar o próximo retiro de Carnaval. Desde já agradecemos qualquer doação. Podem entregar no Secretariado Paroquial.

5- Participaram em mais uma fase do Curso de Teologia para Leigos que se está a realizar em Brejo, nove membros de nossa comunidade. Um elemento da equipe que começou o ano passado não participou por não ter sido liberado pela empresa onde trabalha.
7- Bom, maravilhoso e a merecer parabéns o esforço de limpeza que a nova Autoridade Municipal está  fazendo. Aliás é costume, no início de todos os novos mandatos, mostrar zelo pela limpeza e mostrar que o anterior Governo deixou tudo cheio de lixo. Fazemos votos para que continue sempre assim. Mas o serviço de transporte da limpeza para o aterro ficaria bem melhor se os caminhões ou caçambas fossem obrigados a usar uma lona para proteger a carga. Como está deixam cair plásticos e sacos de lixo no percurso criando um péssimo ambiente.

6- P. Pedro telefonou e deseja a todos os amigos Feliz Ano Novo. Votos que também lhe foram retribuídos em nome de toda a Paróquia. P. Luis também tem dado notícias e este ano o Grupo Missionário João Paulo II teve a adesão de mais 17 jovens.

8- A construção da igreja de S. José continua. Esta semana trabalhou-se no aterro e no segundo radie e fez-se as placas de concreto por cima das sacristias além de se começar a fazer o coro. Já se comprou 34.000 tijolos e quatrocentos sacos de cimento. Só entulho para aterro já se colocou 20 caçambas grandes de 12 metros cúbicos cada.


  9- Convidamos para terça feira à noite, às 20.00H, no Centro, uma reunião da equipe de preparação da Santa Missão Popular. Temos, agora depois das festas de Natal, apressar os trabalhos.
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